quinta-feira, 25 de junho de 2009

Uma borboleta, de asas e luzes violetas, exalando perfume doce por onde passa, batendo as asas com força, fazendo barulho, dando rasantes como se fosse atropelar quem estiver pelo caminho. É ela. A tal da "mais sentimental das três", a "bonita", a mediana que não se destacava na escola, que não era a melhor do GRD, que brigava com a mãe pra usar batom e pintar a unha, que preferia sair com os amigos a estudar para a prova do dia seguinte.
E o que tem de errado com isso? Ela era a menos fingida das três, a que chora e grita e esperneia e libera tudo que sente pra não guardar mágoa nem rancor depois. É ela que puxa a orelha de todos, como se fosse o irmão mais velho sempre pronto a entrar numa briga pra defender a honra das maninhas pequenas. É isso. Enquanto eu tenho síndrome de mãe, ela é o irmão mais velho. E guardiã da honra e da dignidade das "braboletas".
É claro que ela não é perfeita. É óbvio que eu nunca demonstro o quanto ela especial. Eu sou uma burra. Ela é aparentemente a mais "desligada", mas é a única que realmente sabe o que quer. Sem planos mirabolantes, apenas uma meta segura e que, com certeza, ela atingirá. E eu a amo tanto, tanto, que nunca digo... Nem sei porque, deve ser pela minha necessidade de fingir. Deve ser porque ela sempre está por perto e não compreendi ainda a falta que me fará quando eu me for.
Mas ontem, ao vê-la tão indefesa (ela sempre tão forte), ao lê-la como ela me lê, sem avisar a ninguém, percebi o quanto erro sem demonstrar também quando sóbria o quanto ela me é importante. E o quanto eu sinto a falta de tê-la ao meu lado cantando no gargalo da garrafa, imitando personagens de videoclipes, interpretando musicais da Disney, fazendo maquiagem em frente ao espelho, conversando de verdade e lavando a roupa suja de manhã, ao acordar de uma boa festa. Porque com ela, é isso, festa. Ela me faz feliz, embora nos irritemos muito uma com a outra. Deve ser por sermos parecidas demais em nossas diferenças.
E por ela, eu nomearei a quem dedicarei este post. Por ela que não entende a quem dedico meus escritos, que bate pé e reclama de ser contrariada. E que me lê com vontade, o que muito me faz feliz. Este escrito é teu, Reninha.

Um comentário:

  1. Eu não sei e nem saberia o que comentar nesse post. E nem precisa, tu sabes. :)

    É o mais bonito, só porque é o MEU! ê.

    =)

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