sábado, 26 de dezembro de 2009

Que natal que nada, viva os 6 meses! =P

Quem me conhece ao menos um pouquinho sabe: eu não sou cristã, não acredito num deus único e não me envergonho disso, muito menos me vanglorio. Em contrapartida, também rezo (do meu jeito e sem textos prontos e decorados), vou à Igreja se a intenção for válida e sincera, respeito os credos alheios e sim, comemoro o natal, mas de um jeito mais peculiar.
De qualquer modo, isso não é um post sobre religião. É mais sobre como, ao nos condicionarmos, conseguimos mesmo mudar coisas ao nosso redor que precisam ser mudadas. É como dizem, quando queremos algo com fervor e mentalizamos positivamente, o universo conspira a favor. Por isso, não acredito em "milagres de natal", mudanças repentinas graças ao "espírito natalino" ou outras manifestações do tipo. Não, uma data em si não é capaz de mudar nada nem ninguém (mesmo os que fingem mudar só porque "é natal").


Então, agora que o tal natal passou e todos podem parar de fingir e voltar a ser o que foram o ano todo, digo que uma mudança ocorreu em mim. Hoje é meu aniversário de namoro, 6 meses (dos quais quase 5 se passam à distância física do ente amado). Vou explicar a relação. Todos sabem da dificuldade que é, além de levar um relacionamento a sério, fazê-lo a milhares de quilômetros de distância, com a esperança de um futuro (já mais próximo) de união espacial novamente. Vem sendo bem difícil, para ambos os lados, adaptar formas de demonstrar amor, conciliar horários, depender da boa vontade da conexão da internet, economizar pra comprar cartões telefônicos que não duram 10 minutos... A dificuldade parece não ter fim e piorar cada vez mais. Mas é justo o contrário, agora.
Acordei com a sensação de que nunca pude ser tão livre numa relação quanto agora. Se, por um lado, a distância física parece minar possibilidades de realizações, por outro, exige de nós tantas novas estratégias, habilidades de driblar o desconhecimento do cotidiano em prol de um sentimento muito maior, que me sinto tão à vontade para ser eu! Hoje, quando comemoramos 6 meses de um relacionamento maduro e prazeroso, percebo o quanto somos felizes em termos um ao outro, do jeito que podemos, e o quão menos desesperadora a espera se torna.
Óbvio que discussões, mal-entendidos, conflitos mal-resolvidos, atropelos acontecem todos os dias. Não somos ingênuos a ponto de culpar a distância por isso. O bem querer tem disso, e sem debates não se cresce, já me convenci disso. O cerne de tudo isso é que, em meio a confusões e carinhos desmedidos, redescobri quem era e me despi das máscaras que ainda guardava. Hoje, terminando a celebração do solstício de verão, percebo o quão iluminada se tornou novamente minha vida, e o quanto isso é devido ao meu "demônio amado".


Meu candeeiro encantado, companheiro de luz eterna, incessante, abrasadora, amigo de explosões de risadas e silêncios, fonte mútua e recíproca de força, eu precisava dizer: foda-se o natal e as tradições inventadas! O melhor desse ano foi te receber na minha vida! *_*


E por estar feliz (mesmo que não pareça tanto, mas deve ser o maldito sono/ressaca de natal =P), posto uma música do tempo em que eu dançava no escuro, ao redor da fogueira, despreocupada com o inferno ao meu redor. Já posso dançar de novo! :D

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Do cineminha à tarde...

Ando me interessando mais que meu normal por cinema. Não que eu não gostasse antes, mas descobri que cinema é uma opção barata em Porto Alegre. Tenho salas de exibição próximas a onde moro e com produções que realmente me interessam. Salvo os pseudo intelectuais de sempre, são circuitos bem frequentados ou quase vazios, o que não deixa de me agradar, e às vezes me entristecer: salas confortáveis, ótimas películas e pouquíssimo público.
Há momentos em que meus livros não são mais suficientes e acaba o dinheiro para comprar novos. Não há muito o que se estudar se o resultado para o mestrado ainda não saiu. Não há muito o que ver na internet se o computador não ajuda (nem a vista cansada). Enjoei de minhas músicas, das pessoas, das conversas...
Então o melhor é rumar para o cinema, sozinha mesmo, ou em companhia extremamente seleta. Depois um chopp ou um sorvete. Programa bobo mas tão agradável que quase esqueço da irritação que me espera quando voltar ao mundo real.
Sorte que na outra semana tem sempre um filme novo me aguardando. :)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Agora são quatro meses... Alguém aí sabe de que?

Acordei numa casa que não era minha. E eu lembro de tudo e, melhor, não me arrependo de nada.


Passei a comemoração de meus 4 meses em nova cidade rodeada de cachorros, comendo pizza, deitada no chão, vendo filmes madrugada adentro, na casa de uma amigA. Sim, eu fiz uma amiga em Porto Alegre e aproveitei que ninguém se lembra dessas datas que me são tão importantes para fazer programinha caseiro que há muito não fazia. Conheci a família, fui bem tratada (e sem falsidades), almocei junto no outro dia e me deixaram de carro em casa. Tipicamente, um programa de amigas.


Eu gostei. Muito, até, pra uma pessoa que torce o nariz pra tudo, como eu. :D


A parte ruim de tudo isso é chegar em casa e perceber que ninguém mesmo se lembra da data de hoje, e que as pessoas de quem se sente falta sequer notam que eu não estou mais lá. Demonstrações de afeto, é disso que ando sentindo falta. E antes que alguém diga que estou virando emo, proponho que se isole do convívio dos seus e teste por quanto tempo suporta a solidão sem se queixar.


Mas não estou aqui a escrever pela queixa. É mesmo pelo agradecimento. Quando eu já pensava que seria mais um mês esquecida, deprimida em frente ao monitor do PC, remoendo as discussões todas da semana (e que não se resolvem), alguém vem e me tira de casa, me faz assistir History Chanel com cachorrinhos no colo, me presenteia com conversas agradavelmente intermináveis e me faz até acordar sem mau humor. É, Carol, o post dos 4 meses em PoA é pra ti. :)


(Agradecimentos finais: Carol, mnha vida tem se tornado muito mais fácil aqui desde que nos encontramos, sabia? Ainda mais com nossas "coincidências incríveis" =P Obrigada, mesmo mesmo! ^^)