sábado, 28 de novembro de 2009

Bobagens Blogueiras ? Não, troca pra "Sábado de Sol"! =P

Acordei com vontade de escrever, como há muito não sentia. Semana cheia, sentimentos aflorados, os melhores e os piores. Mal consegui me suportar e sei que também foi difícil para os pobres mortais que insistem em me acompanhar. Inclusive, devo um agradecimento sincero a vocês, vocês mesmos que sabem muito bem quem são, por isso não preciso nomear. Sintam-se abraçados (mas sem suores pegajosos, por favor).
Voltado à vontade de escrever. Acordei com vontade de escrever, como há muito não sentia, foi o que eu disse. Ontem à noite, no entanto vi umas besteiras tão absurdas que hoje, ao lembrar delas, a vontade de escrever transformou-se em receio. Por isso, esse poste é em homenagem às bobagens blogueiras.
Eu pretendia agora discorrer sobre pelo menos cinco tipos de blogs e seus posts inaceitáveis, mas... perdi a vontade. Pensei que teria mais graça quando eu estivesse de mau humor de novo, e essa manhã estou incrivelmente feliz. Não que eu perca o senso crítico quando me alegro, longe disso! Apenas quero curtir um pouco mais os minutos contentes, afinal, acordar sem mau humor é tão raro quanto borboletas pousando em minha janela!
Sendo assim, as bobagens blogueiras ficam pra depois. Momentinho piegas da liga psicodélica do amor agora. Se não gostou, não leia, simples assim. :) 



Musiqueta feliz para momentos felizes, principalmente fins de semana. :)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

(Não)Querência

Não, eu não me importo com minha "produção literária". Não quero escrever sem parar só para me sentir meramente produtiva. Para satisfazer meu ego. Ou para satisfazer quem acha que escrever todo dia aqui significa "duelo de blogs e competências intelectuais".
Não, eu não me importo. Não enquanto a chuva cai abundantemente lá fora e eu estou protegida, seca e intacta aqui dentro. Não enquanto o Sol é escaldante ao meio-dia e estou confortavelmente sob a sombra do meu teto de temperatura amena. Não enquanto minha vida corre nas ruas lá embaixo e eu continuo aqui, vendo-a correr sentada no parapeito da janela do sétimo andar.
Os dias passam, meses até. Planos, projetos, conflitos, questionamentos, vicissitudes da vida "pós-contemporânea" e abusos da inércia de uma vidinha tipicamente classe média. Copos de coca alternam-se com batatas fritas. Em meio a isso, ilhas de livros. Conversas intermináveis. Amores. Eternos. Discussões desmedidas. Humores descontrolados. Reflexões antes de dormir. Abraços e cheiros no cachecol de Jah. Tristeza, alguns poderiam dizer. Saudade, talvez. Mas eu diria apenas que deixar-se sentir na medida certa é o melhor aprendizado possível, e um dos únicos para o qual nunca se chega ao final do curso.





O que mantém esse blog vivo? Quem o lê ou quem o escreve?
Nada disso mesmo importa. Não enquanto não termina o momento de contemplação.
E a vida segue seu curso para que eu a contemple. Antes a minha que a dos outros. ;)

domingo, 1 de novembro de 2009

Bobagens cinéfilas

Tá, é início de novembro, penúltimo mês do ano, que está chegando ao final, eu deveria seguir meu costume de falar minhas impressões para o mês, ou fazer o balanço de outubro, ou até contar algum fato corriqueiro dos últimos dias.
Ontem, no entanto, um pensamento que há anos não me passava pela cabeça voltou, com uma ajuda da minha irmã caçula que (eu nem sabia) tinha o mesmo pensamento que eu: "por que aquela gorda espaçosa não cedeu lugar na porta pro Jack?". Esse é o pensamento tema da nossa noite de Halloween.
A "gorda espaçosa" era a Rose (interpretada pela Kate Winslet) de Titanic. Impressões gerais sobre o filme (que, na época, tive de ver no cinema pra levar a irmã do meio e, mesmo não sendo o supra-sumo do senso crítico, achei uma choradeira só, valia só pelos efeitos, à primeira vista): Rose era uma ruiva farta de carnes, como era ainda padrão na época, mas do tipo "gostosa", não "gorda". Jack (encarnado no Di Caprio), o namoradinho pobre, era um garoto novo, do tipo normal, magro mas "com tudo no lugar". Eles juntos: Rose parecia muito mais forte que ele e Jack começava a parecer bem magrelo e frágil nas cenas a dois.
Parágrafo especial para a cena especial: todo mundo já viu pelo menos a cena do carro. Eles estão no "almoxarifado" do Titanic e entram num carro qualquer pra transar.Tá, e daí, eles estão com frio e querem se esquentar, nada mais apropriado que um carro antigo "chiquerésimo" num navio no meio do oceano. Amei a idéia. Mas eles encontram o carro, entram no carro e a próxima cena é uma mão escorrendo pelo vidro da janela do carro que, por sinal, está toda embaçada (que nem espelho do banheiro quando se toma banho quente). Se era pra aquilo parecer sensual e mostrar que a volúpia do casal aquecia a tal ponto o carro que as janelas embaçavam, tudo que eu conseguia pensar era numa cena bem horripilante de assassinato com aquela mão escorrendo desesperada pelo vidro. Pensei, mesmo sabendo que não poderia ser: "um matou o outro!". O detalhe é que não sabia quem tinha matado quem, mas quando o take mostra os dois no interior do carro penso, com certeza (mesmo sabendo que aquela mão no vidro era dela): "se a Rose tava por cima, entendo o desespero dele tentando sair pela janela".
Claro que a idéia vai se aprimorando ao longo daquelas horas intermináveis do filme interminável, mas, já depois do naufrágio, quando eles procuram onde se refugiar, encontram uma porta boiando na água. Mas não é uma porta qualquer, é daquelas portas antigas, imensas, super resistentes, madeira de lei e tudo. Aí Jack manda a Rose subir na porta e fica na água congelante. Eu penso, de cara: "mas que gorda espaçosa, essa porta é imensa, é só afastar um pouquinho que o magrelo do Jack sobe aí também!". Mas não, ela não se afasta, e ainda deita toda esparramada sobre a porta enquanto o coitado do namoradinho pobre e magrelo da ruiva rica e gorda morre de frio. Conclusão: Jack morre porque Rose era uma gorda espaçosa que não se dignou a arredar um pouquinho pro lado pra salvar o namorado.
Fim de análise. Bom novembro a quem ainda lê esta coisa que eu chamo de blog. =P