domingo, 19 de julho de 2009

Risadas. Litros de risadas e lembranças. Escondidas no fim do mundo.

(Parênteses introdutórios: essas linhas foram escritas mesmo em papel, com caneta, enquanto eu participava e analisava o "Carimbó Cafezal Fest Verão 2009", na Vila de Cafezal, pertencente ao município de Magalhães Barata, por volta das 23h. Num rompante, veio em mim a necessidade de gritar tais palavras, de dizer o meu interior ali mesmo, no meio da festa. O melhor que pude fazer foi escrever tudo que me passava pela cabeça no bloco de anotações em que anotava o desenrolar do evento. É isso.)
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É uma tal duma saudade que ando aqui sentindo, sabes? - (E agora tu te perguntas se realmente continuas a ler, se é um texto clichê, piegas e sentimental que te aguarda. E eu também espero que não seja nada disso.) - Sério, sinto falta mesmo, saudade dos momentos de risadas. Não, não é que tudo seja uma grande piada, ou talvez até seja, mas como eu não gosto de piadas, não riria dessa. É, então, definitivamente não é uma piada.
Eu já sei, me perdi no que dizia, mas já reencontro o fio. Ah, achei! Eu sinto falta de rir contigo, é isso. De rir de ti também, porque me és sempre divertido. E até quando me irritas (e o fazes com frequência) acabo por desfazer o bico e gargalhar. Não há realmente como ter raiva de ti. Tua leveza não permite.
Acho mesmo que é dessa leveza que sinto tanta saudade. Eu me sinto tão menos complicada ao teu lado... E nos momentos sérios, nesses também, é tudo tão simples, tão fácil de dizer, tão confortavelmente sincero que só dá vontade de te abraçar e rir mais um pouco.
Há ainda as pequenas coisinhas (redundante mesmo). Como o teu internetês meio miguxês, com aquelas maiúsculas e minúsculas intercaladas, o asterisco e o "i" no lugar do "e", tão irritante. Aquela mania de apertar meu nariz só pra me ver agonizar. A insistência em assuntos inúteis. O gosto por raridades (mesmo que não da mesma área). As conversas em mesas de bar. A displicência e o afinco no trabalho, o desprendimento e o apego, os dois ao mesmo tempo. E tantos outros motivos que me fariam escrever a noite inteira (se eu não estivesse tabalhando).
E estou aqui, perdida num interior que não consta no mapa, pensando em como seria se tivesses vindo comigo, em quantas risadas mais riríamos juntos. Páro e reconto os dias que me restam; 18. Duas semanas e meia, como havia te dito. Seria mesmo diferente se eu continuasse por perto? Continuaríamos com a mesma leveza, o mesmo afeto, o mesmo companheirismo intelectual-acadêmico-profissional-psico-físico-pessoal? E brincando com os jornalistas? E inventando passeios aventureiros, com direito a treinamento de guerrilha, bolhas nos pés e calos nas mãos? Ah, como eu queria uma realidade alternativa...
E é com esse pensamento, daquilo que não pode vir a ser, que me despeço. E nem precisa dizer, eu sei que esse texto ficou muito bobo para ser postado. Mas eu queria mesmo escrever pra ti. E esse me saiu tão naturalmente, tão profundo e sincero que achei ser válido e que, talvez, possas perdoar as bobices dele. É teu, Dann, simples e intenso como uma risada boba seguida de um forte abraço.

Um comentário:

  1. toda vez q leio teu blog fico vendo linhas amarelas por alguns minutos... rsrs
    e adorei isso: "intelectual-acadêmico-profissional-psico-físico-pessoal"

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