quarta-feira, 29 de abril de 2009

Monotonia + Redenção = Abril

Trabalho. Tédio e trabalho.
Nas caixas de som, Tom Waits regurgita uma canção.
Eu a acompanho mais com os dedos que com os ouvidos.
Na cabeça, dores e pensamentos encaraminholados.
No resto do corpo, restos de outro corpo que insiste em não ir embora.

Os últimos dias de abril nunca me foram tão inexpressivos.
Recentes descobertas, parcas revoluções.
Que dizer das mudanças?
Aprendi a dizer verdades no dia em que nos é permitido mentir.
E não ter de mentir nunca me pareceu tão bom!

Há um mês retornei às labaredas mangueirosas de minha cidade.
Há um mês renovei minha esperança em humanos e mesmo em ex-humanos.
Há um mês aguardo a vinda de um redentor que, sei, também me aguarda.
Ele veio. Eu não o redimi. E ele me salvou sem exigir contrapartida.
Benditos sejam os frutos de um laborioso abril!

Nenhum comentário:

Postar um comentário