quinta-feira, 1 de outubro de 2009

De novo, sobre nada...

Não, eu não tenho nada a dizer. Muitas leituras, textos intermináveis sobre políticas públicas e ensino de História (e eu que sempre fui uma historiadora do social, me aproximando do cultural, agora me vejo na política...), lavar louça, comer de vez em quando... Os dias continuam bem frios, eu continuo com dores nas articulações e ossos de uma forma geral, meus dedos continuam congelando e leituras virtuais ou impressas continuam sendo minha principal fonte de ocupação.
Óbvio que eu poderia procurar outra coisa pra fazer. Eu poderia faxinar a casa em vez de apenas lavar a louça. Poderia produzir artigos científicos em vez de escrever aqui ou ler tantos textos acadêmicos. Poderia me alimentar corretamente em vez de fazer uma refeição por dia e beliscar tudo que não presta depois... Poderia não sentir tanto frio se "ele" estivesse aqui pra pelo menos esquentar minha cama (o sofá, que é mais confortável que a cama, sempre bom ressaltar) na hora de dormir.
Mas eu não faço além do meu querer, agora. Embora eu saiba que posso muito ainda, o tédio e a monotonia dos dias frios em consomem de tal forma que apenas o estritamente necessário é feito. Até que sinto vontade de variar, mas quando olho pela janela, lá se vai a motivação junto ao meu olhar perdido naquele cinza melancólico. E, mesmo nos (raros) dias de Sol, em que acordo com aquela idéia de "ah, que dia maravilhoso!", basta chegar até a sacada e respirar um pouco mais profundo que as narinas já começam a sangrar com aquele vento seco e malvado...
Isso não é, de forma alguma, uma reclamação ou arrependimento. Sim, eu já havia previsto dias intermináveis e sem cor quando me decidi, há um bom tempo, a morar nessa cidade e deixar pra trás tudo e todos em prol de uma nova vida. ("Deixar pra trás" no sentido de não mudar de idéia fosse o que fosse que ocorresse, não de abandonar pessoas queridas ou origens.) Mas, com todos os planos que se possa fazer, sempre há algo que nos escapa ao controle. E esse ócio está tomando conta de mim, conflituando ao máximo com a saudade que sinto "dele" (que sim, estava fora da minha equação e agora é mesmo o centro dela).


Como contraponto, os dias de solidão e monotonia me proporcionam maior tempo para reflexão. Para o surgimento de novas idéias. E para o conhecimento de muitas coisas que até então ignorava. E pra quem pensou que eu ia falar de costumes, comidas, povos e blábláblá pra bancar a chata da historiadora sócio-cultural, errou. Vou ser mesmo uma menininha super rasa e falar de música. Só deixar a sugestão, a quem interessar possa, de uma coisinha que achei nas minhas andanças virtuais da madrugada. Espero que apreciem e se não, azar, eu gosto e pronto! =P




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